Engraçado como os detalhes revelam as coisas. A capacidade de síntese que um momento possui...
Voltava da faculdade e olhava a estrada que já conheço tão bem, devaneava pensando que apesar de vê-la todos os dias por mais de dois anos ela sempre me parece diferente.
Hoje ela estava como gosto: fria, preguiçosa, o céu nublado, as nuvens sobre as serras. Quantas vezes não pensei em pessoas olhando-a assim? Quantas vezes não relembrei momentos e desejeo um par específico de olhos junto a mim?
Percebi que hoje não mais os desejo mais. Não penso neste, não penso naquele, não tenho em quem pensar. Tocava Adriana Calcanhoto e lembrei-me do carnaval... Tudo era tão novo e agora tudo já me parece tão distante, tão sem tom, tão sem cor...
Desci do carro para enfrentar por hoje a última parte do meu cotidiano: chegar em casa, tomar banho e dormir. E foi exatamente isso que doeu. Não haver ligações entre o banho e o sono, não suspirar quando o nome desejado surgir na tela do celular, não haver nome desejado, não dormir com o sorriso bobo de outrora e nem dormir que sabendo que sonharia com alguém.
E pra terminar, entrei no quarto e a realidade me bateu à porta: Tudo voltou a ser um zona, igual ao meu interior. As roupas jogadas na cama, no chão, na cadeira, os papéis espalhados, sandálias formando um labirinto... tudo isso reflexo das emoções desconexas da vida sem rumo, do olhar sem o brilho, das pegadas que revelam um passado e nada mais.
A minha velhice precoce me faz querer o meu casulo e eu me tranco. O meu equilíbrio é frágil e o vento lá fora já me derrubou três vezes esse verão. Cansei de brincar! Ou como diria uma amiga, eu não sei brincar. Agora só falta fechar o caderno, o estojo em forma de sapatilha e a porta do banheiro. Porém só de teimosia essa última ficará aberta, de lá o brilho da lua me espreita sem que a minha rabujice o mande embora...
Voltava da faculdade e olhava a estrada que já conheço tão bem, devaneava pensando que apesar de vê-la todos os dias por mais de dois anos ela sempre me parece diferente.
Hoje ela estava como gosto: fria, preguiçosa, o céu nublado, as nuvens sobre as serras. Quantas vezes não pensei em pessoas olhando-a assim? Quantas vezes não relembrei momentos e desejeo um par específico de olhos junto a mim?
Percebi que hoje não mais os desejo mais. Não penso neste, não penso naquele, não tenho em quem pensar. Tocava Adriana Calcanhoto e lembrei-me do carnaval... Tudo era tão novo e agora tudo já me parece tão distante, tão sem tom, tão sem cor...
Desci do carro para enfrentar por hoje a última parte do meu cotidiano: chegar em casa, tomar banho e dormir. E foi exatamente isso que doeu. Não haver ligações entre o banho e o sono, não suspirar quando o nome desejado surgir na tela do celular, não haver nome desejado, não dormir com o sorriso bobo de outrora e nem dormir que sabendo que sonharia com alguém.
E pra terminar, entrei no quarto e a realidade me bateu à porta: Tudo voltou a ser um zona, igual ao meu interior. As roupas jogadas na cama, no chão, na cadeira, os papéis espalhados, sandálias formando um labirinto... tudo isso reflexo das emoções desconexas da vida sem rumo, do olhar sem o brilho, das pegadas que revelam um passado e nada mais.
A minha velhice precoce me faz querer o meu casulo e eu me tranco. O meu equilíbrio é frágil e o vento lá fora já me derrubou três vezes esse verão. Cansei de brincar! Ou como diria uma amiga, eu não sei brincar. Agora só falta fechar o caderno, o estojo em forma de sapatilha e a porta do banheiro. Porém só de teimosia essa última ficará aberta, de lá o brilho da lua me espreita sem que a minha rabujice o mande embora...
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