quinta-feira, 30 de julho de 2009
Um Grito Vagando na Imensidão de Mim
E a mim só resta um pouco. Um pouco do orvalho da manhã, um pouco da confiança que depositava em mim, um pouco do que me movia para frente.
E me sinto apenas um ponto. Uns dias de exclamação. Outros de interrogação, às vezes ( bem às vezes) um ponto final. Um ponto perdido dentro do texto. Um grito vagando na imensidão de mim.
De você e eu restam as lembranças, os jornais com nossa história com os quais me cubro nas noites de frio. De você e eu sobrou a mágoa. E de nós dois não resta nada. A mágoa impulsionou o vento que levou embora os jornais.
A utopia
“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: Para que eu não deixe de caminhar.”
Eduardo Galeno
Esses dias me peguei pensando porquê eu sacrificava tanto outros aspectos de minha vida em detrimento do movimento estudantil e de juventude, questionava os ideais que têm me acompanhado nos últimos anos e o motivo de eu fazer tudo isso se de certo não verei em vida a revolução passar. Daí lembrei-me desse texto de Eduardo Galeno, e tudo o que andava apagado se reacendeu. Olhei para trás e a antiga Iana que deixei confortavelmente parada no tempo envolta em seus sonhos, me sorriu com um ar encorajador de “siga em frente”, e então me disse: Veja o quanto eu cresci, veja o quanto evolui humana e socialmente falando, veja quantos passos dei em busca do horizonte, e principalmente perceba quantos passos eu ainda poderei dar.
Tenho dificuldade de dizer não, e resisti a um pedido de mim mesma não me seria nada confortável. Então resigno-me mais uma vez. Resigno-me a um sonho, ao meu sonho, ao sonho que compartilho com aqueles que perseguem junto a mim o horizonte da justiça.
Continuarei a carregar nas mãos as bandeiras das entidades que defendo, a espelhar nos olhos a memória dos que vieram antes de mim, a lembrar os seus nomes, reviver os seus sonhos e a honrar a sua luta que agora é minha e de tantos outros.
“ Aqueles que plantam a semente do futuro, cultivarão árvores a cuja sombra nunca se assentarão”
Rubem Alves
Eduardo Galeno
Esses dias me peguei pensando porquê eu sacrificava tanto outros aspectos de minha vida em detrimento do movimento estudantil e de juventude, questionava os ideais que têm me acompanhado nos últimos anos e o motivo de eu fazer tudo isso se de certo não verei em vida a revolução passar. Daí lembrei-me desse texto de Eduardo Galeno, e tudo o que andava apagado se reacendeu. Olhei para trás e a antiga Iana que deixei confortavelmente parada no tempo envolta em seus sonhos, me sorriu com um ar encorajador de “siga em frente”, e então me disse: Veja o quanto eu cresci, veja o quanto evolui humana e socialmente falando, veja quantos passos dei em busca do horizonte, e principalmente perceba quantos passos eu ainda poderei dar.
Tenho dificuldade de dizer não, e resisti a um pedido de mim mesma não me seria nada confortável. Então resigno-me mais uma vez. Resigno-me a um sonho, ao meu sonho, ao sonho que compartilho com aqueles que perseguem junto a mim o horizonte da justiça.
Continuarei a carregar nas mãos as bandeiras das entidades que defendo, a espelhar nos olhos a memória dos que vieram antes de mim, a lembrar os seus nomes, reviver os seus sonhos e a honrar a sua luta que agora é minha e de tantos outros.
“ Aqueles que plantam a semente do futuro, cultivarão árvores a cuja sombra nunca se assentarão”
Rubem Alves
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